OS PERIGOS DA AUTOMEDICAÇÃO

 

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Quem nunca recorreu a um analgésico sem a prescrição médica para aliviar dores no corpo, dor de cabeça, gripe ou febre? A automedicação já se tornou um hábito muito comum entre os brasileiros. Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Indústrias (ABIFARMA) apontou que 80 milhões de pessoas tomam remédios para amenizar as dores sem consultar um médico. Mas o que muitos não sabem é que essa simples atitude pode trazer problemas para a saúde.

Segundo a farmacêutica e homeopata Samara Vieira de Amorim (CRF – 66.489), os medicamentos tomados sem prescrição médica podem, em alguns casos, ter efeito contrário ao invés de amenizar os sintomas. “Dependendo do quadro do paciente, os remédios podem melhorar ou piorar os sintomas. Quando o paciente toma o medicamento sem a orientação médica, há risco de que fique internado, pois o seu organismo pode apresentar alguma reação”, explica.

Entre os medicamentos que aparecem como alvos principais da automedicação estão os que combatem as dores de cabeça, dor muscular, tosse e resfriados, e perturbações digestivas, como prisão de ventre, diarreia e ardor no estômago. Remédios para rinites alérgicas, aftas, hemorroidas, queimaduras solares, verrugas, problemas cutâneos moderados completam a lista.

O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. “A automedicação é sempre inadequada e pode ter efeitos colaterais desagradáveis, além de ‘mascarar’ uma doença mais grave, que poderia ser diagnosticada caso os remédios não tivessem sido ingeridos”, afirma a especialista.

Além disso, o uso indiscriminado de remédios pode levar ainda a graves problemas como lesões no fígado, insuficiência nos rins, sangramentos no estômago e nos intestinos e ainda à aplasia de medula, uma doença que interfere na formação das células do sangue.

Pratique uma automedicação responsável

O uso constante e indevido de analgésicos para dor de cabeça, febre e gripe pode colocar a sua saúde em risco. “Os analgésicos podem aumentar a incidência de dor de cabeça a longo prazo, podem alterar a coagulação do sangue, causar gastrite, sangramento, diarreia, náusea e vômito”, diz Samara.

Já os diuréticos, que levam a pessoa a fazer mais xixi, eliminam água e sais minerais importantes para o corpo, como potássio, cálcio, magnésio e sódio. “O uso frequente de laxantes provoca alterações na mucosa do intestino causando irritações e inflamações crônicas”, comenta a farmacêutica.

E os anti-inflamatórios que agem contra dores de garganta, por exemplo, podem irritar a mucosa do intestino e causar gastrite, úlcera, diarreia, náusea e vômito. “Em alguns casos, a famosa aspirina (ácido acetilsalicílico), pode atrasar o processo de coagulação sanguínea e até causar uma hemorragia”, alerta a Samara de Amorim.

Valorize o acompanhamento farmacêutico

É muito importante conhecer os efeitos de uma substância antes de ingeri-la. Por isso, não hesite em consultar os profissionais capacitados para receitar medicamentos, a fim de melhorar a sua saúde e os sintomas. “É obrigação do farmacêutico informar ao paciente os benefícios de uma automedicação segura e responsável, ajudando-o a distinguir se o problema é uma doença sem gravidade ou se é prejudicial à saúde. Por isso, evite tomar remédios sem a mínima orientação, só porque um amigo ou vizinho disse que vai fazer bem”, aconselha a especialista.

(Fonte: Farmacêutica e homeopata Samara Vieira de Amorim)

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